domingo, 28 de junho de 2020

A MARGINAL - Artigo de Abner Fontinni

Cada vez que penso num marginal, eu me vejo marginal quanto o marginal na marginal, meu tempo de padrão ja foi, excederam! Correntes sociais não me contém mais, sai "soci" White não venha me estereotipar e me padronizar com seus "bons costumes". É que eu preciso de forças pra olhar pro céu e gritar, parem de nos mataaaaaaaaaaaar! Eu quero paz. Paz pra eu passar com meu salto quinze na rua 7, quero exercer o direito de ir e vir, livre como os pássaros, quero usar meu shortinho pra "zildar" no domingo tranquila, ja não quero mais me montar na rua, nem ser foragida por gente de mente fraca. Correr só se for pros abraços ou pros braços dos amados, aqueles que chamo de irmãs e irmãos, por passa na pele o sofrimento de ter que provar alguma coisa pra esse sistema racista, misógino e opressor, de ter que aceitar migalhas do presidente ou do governador, mas isso acabou, porque eu determino que termina em mim o que começou à 500 anos atrás com meu povo e agora sigo de cabeça mais que erguida, fluída dentre os gêneros que sempre fui e quis ser e hoje sou, EU SOU, sou por que nós somos.

#Marshapjhonson.
#favelavive.

- ABNER FONTINNI







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